VIII Bienal do Livro de Pernambuco 2011

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Morfossintaxe...


Morfossintaxe...


O nome é esquisito, mas o assunto em si,
relativamente fácil.

"Morfossintaxe" nada mais é que "a análise
morfológica e sintática ao mesmo tempo".

Recapitulando, quando falamos em "análise
morfológica", estamos nos referindo à dissecação gramatical de uma
palavra, conforme exemplo a seguir :

Análise morfológica da palavra POVO :
Dissílabo paroxítono, substantivo comum, simples, concreto, primiti-
vo e coletivo, masculino, singular, grau normal.

Já a ANÁLISE SINTÁTICA (assunto por de-
mais batido em nossos encontros anteriores), não se preocupa em
informar os detalhes da análise morfológica, mas sim, A CLASSIFICA-
ÇÃO DA FUNÇÃO QUE DETERMINADA PALAVRA EXERCE NUMA ORAÇÃO
(ORAÇÃO = QUALQUER FRASE QUE CONTÉM VERBO).

Confira pelo exemplo a seguiir :

Dê a CLASSIFICAÇÃO SINTÁTICA da palavra
"POVO", nesta oração :

"O POVO oprimido e angustiado reagiu violentamente contra mais
uma escorcha governamental"

Classificação sintática da palavra "povo" nesta oração :
NÚCLEO DO SUJEITO.

Agora, que já dominamos o conhecimento
do que seja a ANÁLISE MORFOLÓGICA e a ANÁLISE SINTÁTICA, torna-se "sopa de minhoca" (algo fácil), a ANÁLISE MORFOSSINTÁTICA de
qualquer palavra.

Acompanhe por este exemplo :

Faça a análise morfossintática da palavra HOMENS, em :

"Os animais são presas fáceis do HOMEM".

Análise MORFOLÓGICA : dissílabo paroxítona, substantivo comum, sim-
ples, concreto, primitivo, masculino, plural,
grau normal.

Análise SINTÁTICA : complemento nominal do predicativo.


E então ?
Pedralis

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Acróstico


Fazia bem em me dizer

E grata lhe ficaria

Razão porque em verso me dizia

Não ser o bom-bom para si...

A não ser que na pastelaria

Não lho queiram fornecer

D’outro motivo não vi

Ir tal leva-lo a crer.

Não sei mesmo o que pensar

Há fastio para o comer?

Ou não tem massa pr’o comprar?!


Peço porém me desculpe

Este incorreto poema

Seja bom e não me culpe

Sou estúpida, e tenho pena

O Sr. é muito amável

Aturando esta... pequena...


Autor (a): Ofélia Queirós

sábado, 17 de maio de 2008

O Que é Ler?


"Ler? Ora, ler, ler com todas as delícias do ler, é ler o que há por baixo e por cima das palavras. Ler o que está em volta das palavras. Ler o que não está nas palavras. Ler entre uma palavra e outra, ali, bem ali, naquele vazio. O vazio que há entre uma linha e outra. O vazio-cheio. O vazio-pleno.

Ler? Ler, por exemplo, a palavra pedra. Não ler só a palavra pedra. Pegar a pedra. Sentir a pedra. A pedra sobre a mesa. A pedra sobre o caderno. A pedra dentro do livro. Ler a palavra pedra com a pedra por entre os dedos. Ler a palavra pedra com a pedra acariciada.

Ler não é só ler o que há para ser lido. Ler é ler o que não pode ser lido.

Ler é coisa de vida inteira. E ainda é pouco."

(José Marcel, barqueiro cubano dos começos do século 20).